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A chamada “questão judaica” esteve e está no centro da história contemporânea. Não é de se estranhar que o judaísmo tenha lançado ao marxismo os maiores desafios à sua capacidade explicativa e transformativa. Neste livro, a professora e historiadora Arlene Clemesha passa em revista as metamorfoses dessa controvertida trajetória, desde o ensaio Sobre a questão judaica, de Karl Marx, até o clássico trabalho de Abraham Léon, escrito em pleno desenvolvimento do Holocausto, que ceifaria a vida do seu autor.
Escrita em linguagem acessível e desmistificadora, a obra cobre um intervalo crucial que vai desde os debates no incipiente movimento socialista do século XIX, passando pela criação da Internacional Socialista. Do surgimento do primeiro grande partido socialista judeu, o Bund, chegando no período da Revolução Russa de 1917, com especial atenção à posição de Lênin sobre o assunto. O líder da revolução era um feroz crítico do antissemitismo.
Clemesha avança até o período entreguerras com a análise da atuação dos judeus na Guerra Civil Espanhola. Pelas lentes de voluntários judeus nas Brigadas Internacionais, a autora trata da instrumentalização do antissemitismo por Josef Stálin até o Pacto Germano-Soviético de 1939. A visão de Leon Trótski é também esmiuçada pela autora. De origem judaica, o revolucionário era bastante crítico da transformação do antissemitismo em política de Estado pelo regime tsarista. Exilado por Stálin, acompanhou de longe a dura oposição trotskista na União Soviética e em seus últimos escritos faz uma previsão sobre a eliminação dos judeus da Europa pelo nazismo.
Sem medo de apontar o antissemitismo em setores da esquerda, nem de olhar para as tendências regressivas no movimento operário judeu, no campo de disputa que viu o surgimento do sionismo, Clemesha oferece, nas palavras de Jacob Gorender, que assina o prefácio da obra, “uma excursão notavelmente interessante pelos meandros sinuosos de uma questão nada fácil”.
Indicação
“Um livro extraordinário que rastreia as maneiras pelas quais os marxistas se mobilizaram para compreender e resolver a questão judaica. Arlene Clemesha fornece um quadro de referência essencial para entender debates históricos e práticas políticas. Com um foco nos socialistas europeus e russos do final do século XIX e início do XX, a obra conta uma história em perspectiva global que permanece relevante para a nossa compreensão de acontecimentos contemporâneos.” – Ran Greenstein
Trecho
“Tornou-se lugar comum afirmar que os judeus aderiram à revolução porque na guerra civil os massacres perpetuados pela reação não lhes deixavam outra alternativa. No entanto, Lênin não deixaria de ressaltar, ainda no início de janeiro de 1917, que os judeus forneceram uma porcentagem particularmente elevada (comparado com o tamanho da sua população) dos líderes do movimento revolucionário. ‘E, agora, também deve-se reconhecer, a mérito seu, que os judeus forneceram uma porcentagem relativamente elevada de internacionalistas, comparado com as outras nações.’ A luta de Lênin contra o antissemitismo consumiria até os seus últimos fôlegos de vida. Uma de suas raras gravações radiofônicas, realizada em 1919, foi dedicada a repudiar o ódio aos judeus [que] persiste apenas nos países onde a servidão aos terratenentes e capitalistas criou uma ignorância abismal entre trabalhadores e camponeses. Apenas os mais ignorantes e oprimidos acreditam nas mentiras e calúnias lançadas sobre os judeus. [O antissemitismo] é uma reminiscência dos tempos feudais, de quando os padres queimavam os hereges na fogueira, os camponeses viviam na servidão, e o povo era pisoteado e desarticulado.”
Nome
MARXISMO E JUDAÍSMO
CodBarra
9786557174395
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
12/04/2025
Páginas
256
Peso
412,00
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