A Companhia Cinematográfica Vera Cruz nasceu com a vocação de ser a Hollywood brasileira, e de criar suas próprias estrelas. Marisa Prado(1930-1982) foi uma das maiores criações do estúdio. Ela trabalhava na própria Vera Cruz, quando foi descoberta para papéis principais de filmes de sucesso como Terra é sempre terra e Tico-tico no fubá(ambos de 1952), Candinho(1954), com Mazzaropi e, principalmente, o Cangaceiro, de Lima Barreto que, em 1953, ganhou o Prêmio Especial do Festival de Cannes e fez bem sucedida carreira internacional. O sucesso de O Cangaceiro trouxe convites para Marisa, que se mudou para a Espanha, onde viria a estrelar 14 filmes entre 1955 e 1966(dos quais apenas um, o filme português As Pupilas do Senhor Reitor foi conhecido no Brasil). Foi também o início de uma vida no jet set internacional, de muitas aventuras, lugares exóticos, luxo e de uma morte misteriosa no Egito, que os amigos acham mal explicada. A vida de Marisa Prado é contada pela primeira vez livro, nesta obra de um fã e amigo, Luis Carlos Lisboa, que pesquisou cartas e mensagens pessoais, num cuidadoso trabalho que também é uma homenagem à estrela.