A maturidade de Bonomi foi construída ao longo de 50 anos de intenso trabalho de pesquisa, produção artística e formação. Bonomi sempre acreditou que o papel social da arte é dar forma ao sonho do homem. A criação artística, a vivência estética e a luta pelos meios e pelos veículos culturais, praticados ininterruptamente ao longo de toda sua vida, ajudaram 'a colocar na pauta nacional o direito à plenitude humanística', como afirma Klintowitz em seu ensaio. Bonomi transformou a significação da gravura e foi precursora do uso de grandes formatos. Assim, seja em alumínio - como na estação Jardim São Paulo do metrô paulistano - seja em concreto - como no saguão do Hotel Maksoud Plaza e em outros espaços públicos - , a gravura monumental de Bonomi conquistou o espaço, impondo-se ao olhar do público e tornando-se seu entorno. Neste livro, Jacob Klintowitz - autor do ensaio crítico e da pesquisa da obra - faz uma espécie de auto-retrato da artista.