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Manoel Bomfim (1868-1932) foi um autêntico pensador latino-americano porque, já no início do século XX, estava comprometido com as causas latino-americanas. Construiu um discurso oposto às teorias colonialistas em voga na época. Ou seja, ele estava à frente de seu tempo. Nas palavras de Darcy Ribeiro, “um pensador original, o maior que geramos, nós, latino-americanos”. Nasceu em Aracaju, no atual estado de Sergipe, tendo estudado medicina nas Faculdades da Bahia e do Rio de Janeiro, profissão que logo abandonaria. Escreveu a monumental obra "A América Latina: males de origem", publicada em 1905, na qual pregava a necessidade de fazer do povo latino-americano “consciente de sua existência, tal como o exige uma democracia”. Denunciou o “parasitismo” do regime de exploração colonial aqui implantado e que implicou em “um regime retardatário, opressivo, corrupto e extenuante”. Sonhou o congraçamento da humanidade através da “solidariedade e fraternidade, e não conquista e violência”, que impôs costumes e leis ao povo latino-americano e violentou “todos os sentimentos e tradições”. Foi deputado federal por Sergipe, mas destacou-se, em especial, como educador.