Mamilo broche de mamilo: o paradoxo do triunfo sobre a necessidade é um vigoroso debate a respeito da objetificação e da criminalização do corpo feminino. A autora, a atriz, performer e poeta Cristina Flores, ao compreender que seu corpo tinha liberdade de existir enquanto corpo apenas no palco, experimenta modos de usufruir dos mesmos direitos que homens possuem no que se refere a um ponto tão simples e ao mesmo tempo tão tabu do corpo: os mamilos.

Com sua performance "Mamilo broche de mamilo", Cris Flores percorreu diversas cidades do Brasil desde 2016. A partir da autoetnografia dessa experiência performática e em diálogo com Paul Preciado, Monique Wittig, bell hooks, Soujourner Truth, Susan Bordo, Georges Didi-Huberman, entre outres, Flores observa o uso público do mamilo feminino propondo um olhar antissexista para o tema. A pesquisa dedica atenção especial à fantasmática dos mamilos, buscando contextualizá-los, política e socialmente, ao longo do tempo.

A performance deu origem a uma pesquisa acadêmica e chega agora ao público com a publicação do livro.