Ao examinar políticas de controle e de encarceramento de mulheres gestantes ou com filhos dependentes no período crucial da crise sanitária da pandemia de covid-19 no Brasil, o livro que Izabela Padilha Santos nos oferece assume uma perspectiva epistemológica de resistência, constituindo exercício de análise de dispositivos de naturalização do poder e suas relações de dominação, cuja natureza é basicamente relacional, atravessada por gênero, classe e raça, produzindo desigualdades e distinções.

Este livro é um alento, se inserindo em um horizonte de esperança na possibilidade de construção de outra realidade social com respeito aos Direitos Humanos das Mulheres.

Deixo o convite para a leitura proveitosa e prazerosa deste Mães, Pandemia e STJ: do isolamento ao encarceramento com informações instigantes, estímulo à reflexão e ao compromisso com uma sociedade brasileira menos desigual em termos de gênero, raça e classe e com a promoção dos Direitos Humanos das Mulheres.

Dra. Ana Liési Thurler Doutora em Sociologia e ativista pelos Direitos Humanos das Mulheres