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Premiado com o Programa de Ação Cultural do Governo de São Paulo (ProAC 23/2019), o novo trabalho de Mariana Basílio, Mácula, é composto por uma coletânea de 50 poemas sobre a sociedade brasileira. Em interlocução crítica com os dizeres e expectativas da Semana de Arte Moderna de 1922, que em breve completa o seu centenário, o livro é aberto por um breve ensaio sobre o fazer da arte poética no contexto da sociedade brasileira, entre o século passado e os dias atuais.
Na seção principal do livro, As Confissões Negativas, Basílio constrói o repertório dos poemas com uma árida sucessão cinematográfica do Brasil, em tomadas políticas, antropológicas, filosóficas e culturais, representando também, neste início do século XXI, a inesperada e atual questão da pandemia mundial do novo coronavírus, que assola o país desde março de 2020.
Em diálogo com obras célebres como A Rosa do Povo, de Carlos Drummond de Andrade, e Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto (a quem dedica a obra, pelo centenário de seu nascimento), a poeta apresenta uma polifonia entre notícias jornalísticas, violência urbana, o crescente número de mortos pela covid-19, a queda e ascensão de partidos políticos, o disparo da inflação e do desemprego, a luta indígena, os direitos ambientais e animais, o feminicídio, o racismo, a homofobia – sempre questionando o que se representaria hoje na poesia, em uma Semana de Arte (pós-moderna). A poeta compreende o seu mínimo gesto, e o agarra, retratando em seu livro um quadro dantesco do presente.
Os cinquenta títulos que formam As Confissões Negativas foram retirados de uma pesquisa feita por ela, onde os participantes responderam “Qual a grande palavra de sua vida hoje?”. Das 342 palavras listadas, e enviadas por 266 pessoas, foram selecionadas 50 para serem os rostos dessa espécie de Guernica poética.
Em Mácula, diversamente de seu livro anterior, Tríptico Vital (um só poema longo, em que narra os movimentos da vida humana, unificado pelo tema da finitude do ser), existem dezenas de quadros diferentes entre si, urbanos e silentes, minuciosamente estruturados, com diferentes episódios recontando muitas das sensações e experiências comuns a todos nós.
É, portanto, um livro que acompanha e registra o desdobrar da energia coletiva do início da década de 20 no Brasil, e confirma a poesia filosófica – de contenção e expansão – com que Mariana Basílio esquadrinha o passado, o presente e o futuro em seus versos.
Nome
MACULA
CodBarra
9786558640516
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
01/01/2021
Páginas
206
Peso
290,00
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