Luis Eulalio Bueno de Vidigal Filho é hoje um homem de 67 anos, tranqüilo jogador de golfe, boa prosa, muitas histórias e avô de seis netos.

Conhece meio mundo e se lembra de acontecimentos em seus mínimos detalhes, como se estivessem passando à sua frente em um filme. Esse relato surgiu do meu interesse, como autor, em dar vida à história de um homem que ocupou cargos importantes, como a presidência da FIESP/CIESP e da COBRASMA, na época a maior indústria de materiais ferroviários do Brasil.

No decorrer de nossas entrevistas, fui levado a incluir outros aspectos de sua vida, como a história de sua família, que nasceu, pode-se dizer, com o Brasil.

A princípio, imaginei que a polêmica seria a respeito da COBRASMA. Não foi. Na verdade, a história de Luis Eulalio é pontuada por conflitos decorrentes de sua educação e das influências incorporadas por ele ao longo da vida: herdeiro de fortuna e preocupado em não dilapidá-la; amigo de presidentes e suas conversas com eles; portador de um sobrenome de peso e a sua influência no reconhecimento de seus valores e aptidões.

O “homem” por trás do presidente, o “homem” por trás do herdeiro, o “homem” marido, pai e avô.

Luis Eulalio de Bueno Vidigal Filho – Histórias de um empresário da época do “Brasil Grande” traz a público falas até hoje não-reveladas e aspectos pouco conhecidos dos presidentes do Brasil após Médici.

Espero que o prazer de ler seja maior por se tratar de uma história que envolve, além da cronologia dos fatos de uma vida, os sentimentos envolvidos que determinaram tais fatos.

É uma história contada por um homem inteligente, descrita e comentada por alguém que pouco entende de negócios e administração, mas que, como médico, pretende conhecer um pouco do ser humano sobre o qual escreve.