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há quem diga do corpo - de sua concretude mas o que há é liquidez mais de mil partículas - mil núcleos - mil esferas fluindo nesse rio andante na disputa e na defensa pelas mesmas artérias - mesmos veios numa permanente luta de vida e morte
há uma força que lhes une e desune lhes funde e aparta
o rio esse denso corpo que mergulha em si pesado demais para chover precipitar-se no ar
o corpo esse rio de sal e sangue lento de correr que mal sossega - mal respira ilhado de vento e vazio
há quem diga do corpo de sua agudeza em mirar mas o que há é miragem centrífuga ilusão de ser a refluir no verbo
o corpo é esse rio cuja nascente e foz disputam a força o espaço o tempo e as profundidades no centro de um coração
o tempo fala ao teu ouvido palavra-precipício rasga teu pensamento ao meio abre fina fenda funda – escura tira-te o fôlego faz tua boca escassa de voz podes ouvir os passos das palavras em fuga o ranger de seus ossos ferindo o deserto do teu peito
é tudo tão silêncio em teu chão e tu não sabes que o poema morreu
Nome
LITURGIA DO TEMPO E OUTROS SILENCIOS
CodBarra
9788582976999
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
01/01/2019
Páginas
104
Peso
150,00
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