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Alguns dirão que a poesia de Carlos Henrique Costa paga certo tributo a um discursivismo que não mais atende às exigências da dicção esquálida ou quase afônica que se pratica nesses áridos tempos da pós-modernidade. Mas não é bem assim. E digo-o porque, em boa parte dos poemas de Lira dos sentidos, o que se percebe é a pulsação da vertente epigramática, ou seja, aquela que, como ensina o crítico alemão Gotthold Lessing, recorre ao nó a partir do qual se aguça a curiosidade do leitor e se desenha o desfecho em que essa curiosidade é satisfeita com o máximo de surpresa.
Exemplos disso enxameiam em toda a coletânea, como seria o caso do poema “Epitáfio poético”, no qual a poesia, em vez de aceitar como causa mortis o lugar-comum, “Preferiu moradia / em lugar mais fecundo: / lugar-nenhum.” É com base nesse tom satírico e de brevidade expressiva que deve ser entendida a lírica do autor, consciente de que “somos perfeitos em nossa imperfeição” e também de que, contrariamente ao preceito sartriano segundo o qual “l’enfer c’est les autres”, poderíamos até imaginar um “matrimônio perfeito: / amar o EU e namorar o OUTRO.”
(Ivan Junqueira)
Nome
LIRA DOS SENTIDOS (2007-2014)
CodBarra
9788564022454
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
Páginas
120
Peso
190,00
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