A vida talvez fosse mais simples, mas também menos séria, se moral fosse uma parte de mim, assim como meu coração ou minha espinha. Pensar para si a moral de maneira tão heterogênea é prova de falta de confiança, primeiro, no próprio querer-ser-assim e também no querer-ser-assim dos outros. Da mesma forma é prova de falta de confiança na congruência dos conceitos morais, que resultam para mim e para os outros. Porém, o que quer que seja aquilo que desejamos, sua base é muito frágil- e na história muitas vezes se mostrou que tentativa alguma de fazê-la aparecer artificialmente mais forte moveu os homens a serem moralmente melhores.