Não temos dúvida de que a comunicação humana tem restado caracterizada pela presença de elementos como a pós-verdade e as fake News e que tal realidade está causando danos a direitos fundamentais e ao próprio processo democrático. Há, ainda, certo consenso de que este estado das coisas é potencializado pelo protagonismo que as redes sociais têm ostentado na intermediação da comunicação. Nosso estudo, partindo das premissas de que a mentira como método não é uma novidade do nosso tempo histórico e que soluções não podem ter como ponto de partida o silenciamento, teve como propósito primário diagnosticar os principais efeitos colaterais que a liberdade de expressão mediada pelas plataformas digitais tem gerado para a formação da opinião pública e para o funcionamento das democracias. Fizemos o exercício de dialogar com as propostas que outras sociedades, globalmente, vêm tentando construir para minimizar os danos decorrentes desse fenômeno típico da era da Hiperconectividade. Sabemos que a desinformação é um problema complexo, não sendo nossa pretensão exaurir a questão. Pretendemos, tão-somente, dar uma singela contribuição para o pensamento científico, convidando o leitor a contribuir na busca de soluções para um problema que a todos nós interessa.