Utilizamos cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossa política de privacidade. Política de Privacidade..
Poucas atividades humanas estão de tal forma envoltas em valores e expectativas sociais quanto o trabalho da Justiça. “Fazer justiça”, depende da atuação prática que se realiza no trabalho em cooperação de todos que se dedicam profissionalmente a transpor a Justiça das leis e livros para a realidade social. Julgar conflitos de seus semelhantes, buscando uma solução justa que considere a complexidade de fatores do caso singular e, com isso, contribuir para a realização de práticas sociais mais adequadas, é um fazer individual e coletivo prenhe de possibilidades de sentido, reconhecimento e autorrealização não só para magistrados, como para todos aqueles que trabalham em cooperação no aparato judiciário. Contudo, ao contrário do que essas características fariam esperar, muitas pesquisas, parte delas apresentadas neste livro, dão conta reiterada de manifestações de mal-estar, sofrimento, adoecimento físico e especialmente psíquico e mesmo suicídios entre magistrados e servidores do Poder Judiciário.
Tomando o sintoma como mero ponto de partida, como enigma, esta obra vai investigar os processos humanos e opções de gestão que nos permitem compreender de perto, a partir de pesquisas de campo realizadas por profissionais de Psicologia, Direito e Saúde, o que tem levado a esse estado de coisas e como transformá-lo. São pesquisas e estudos que têm por base a Psicodinâmica do Trabalho, disciplina desenvolvida em torno da obra do psicanalista e psiquiatra francês Christophe Dejours, que contribui, aqui, com um texto original analisando cirurgicamente um caso de suicídio de magistrado na França. A PDT nos oferece a tese da centralidade do trabalho para a subjetividade, a saúde e a política como fundamento da investigação. O trabalho pode produzir o pior, mas também é condição de possibilidade para o melhor. Um ou outro destino é algo que se decide em grande parte nas condições da organização do trabalho. O que, então, se passa no trabalho do Poder Judiciário desde a adoção de importantes transformações na sua gestão promovidas pelos Conselhos Superiores e Tribunais?
O interrogante geral a mobilizar as pesquisas aqui reunidas é: as modalidades de organização do trabalho no Poder Judiciário brasileiro têm sido propícias para o desenvolvimento pessoal e profissional, a construção da saúde, da identidade, dos valores e regras da profissão e da sua contribuição para a vida social e para a cultura por meio do fazer judicial, este fazer tão crucial para a vida da democracia e do Estado de Direito? Mais especificamente, que impactos se podem constatar sobre a saúde, a subjetividade, as práticas de trabalho e a própria prestação jurisdicional à sociedade produzidos pelos mecanismos e discursos de gestão do trabalho judicial que vêm sendo implementados no período recente sob a condução dos Conselhos Superiores do Judiciário? Que contribuições para a transformação positiva desse cenário, do ponto de vista dos sujeitos do trabalho judicial, a PDT pode aportar?
Nome
JUSTIÇA EM CORPOS: PESQUISAS EM PSICODINAMICA DO TRABALHO NO PODER JUDICIARIO
CodBarra
9786555264494
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
03/05/2022
Páginas
254
Peso
508,00
Configurações de Cookies
Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência. Você pode escolher quais cookies deseja ativar.
Esses cookies são essenciais para o funcionamento do site e não podem ser desativados.
Esses cookies ajudam a melhorar o desempenho do site.
Esses cookies permitem que o site memorize suas preferências.
Esses cookies são usados para personalizar anúncios.