A década de 2010 a 2019 está destinada a ser a mais quente já registrada na história, segundo dados da Organização das Nações Unidas que apontam a aceleração das consequências das mudanças climáticas. Desde o início da pesquisa relatada neste livro, em 2013, transformações ocorreram, porém em ritmo muito lento. Em 2015 foi assinado o Acordo de Paris e, desde então, as conferências do clima anuais têm se dedicado a articular formas de colocá-lo em prática, mas os entraves políticos e econômicos dificultam ações efetivas. Também a juventude tem se mobilizado, bastante inspirada nas greves pelo clima iniciadas por Greta Thunberg. Mas apesar da visibilidade crescente dessa pauta, decorrente dos vários sinais de colapso já sentidos pela sociedade, pode-se afirmar que a imprensa ainda não atua de forma significativa para uma governança sobre o clima. Este livro quer contribuir para melhorar a cobertura do assunto e ampliar a discussão sobre o papel do jornalismo na mediação social de temas urgentes que demandam ações concretas agora. E ainda discute a responsabilidade de leitores e fontes de informação no contexto do enfrentamento dos riscos, e as conexões difíceis entre informação, percepção e reação à emergência climática.