O livro aborda o arquétipo da coragem e do enfrentamento, sem conotação religiosa. O aspecto divino do personagem é enfocado através dos diálogos que estabelece com a Lua. O texto cria caminhos para que o jovem leitor identifique-se com um Jorge da Capadócia humano, criança ainda, mostrando-se fragilizado em sua primeira perda: mudar de cidade e ficar longe dos amigos.

Recebe então da Lua a proteção maternal de que necessita e, ao mesmo tempo, o firme chamamento para a idade adulta. Outros personagens como o Rei, a Princesa e o Dragão, dialogam também com o protagonista, posicionando-se ante a expectativa ameaçadora do grande duelo entre Jorge e o Dragão. Desde o início a intencionalidade do personagem mostra-se clara.

Jorge terá que cumprir seu destino de heroi: errante, corajoso e fiel. E buscará descobrir de que maneira uma história pode correr de boca em boca e transformar um menino, que corria pela Capadócia com outros garotos, lutando com espadas de madeira, em um cavaleiro de verdade. Imponente e audaz, mundo afora.