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Há cinqüenta anos foi criado o Instituto Superior de Estudos Brasileiros - ISEB - que constituiu numa experiência cultural inovadora na história política brasileira. O ineditismo do projeto isebiano constituiu no fato de que intelectuais - em sua maioria, não-acadêmicos - de várias orientações teóricas e distintas correntes ideológicas se reuniram não apenas para debater e refletir sobre os "problemas cruciais da realidade brasileira"; deliberadamente, visavam também intervir no processo político do país. Dentre os intelectuais presentes no livro temos artigos de Candido Mendes de Almeida, Helio Jaguaribe, Joel Rufino dos Santos, Jorge Miglioli, Nelson Werneck Sodré, Alzira Alves de Abreu, Alexsandro Eugenio Pereira, Gérard Lebrun, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Edison Bariani Júnior e de Caio Navarro de Toledo, organizador do livro.
Desde o segundo governo Vargas até o golpe político de 1964, setores conservadores, liberais, nacionalistas, socialistas e comunistas - representados, entre outros, por entidades como FGV, CNI, BNDE, FIESP, CEPAL além de movimentos sociais, partidos e frentes partidárias (FPN e CGT) - formulavam publicamente suas propostas e se mobilizavam politicamente para defender seus projetos sociais e econômicos. O ISEB representou um desses projetos.
Desde seus primeiros anos, além da publicação de livros e da realização de seminários de estudos e debates públicos sobre a economia e a sociedade brasileiras, o ISEB se notabilizou por oferecer cursos regulares a oficiais e subalternos das Forças Armadas, empresários, sindicalistas, parlamentares, funcionários públicos, burocratas e técnicos governamentais, docentes universitários e do ensino médio, profissionais liberais, religiosos, estudantes etc. De sua criação até a sua extinção, o Instituto foi um centro de formação política e cultural que se orientou pela defesa do desenvolvimento econômico, da democracia política e pela realização de reformas sociais no país.
Quando de sua fundação, o ISEB teve as características de uma grande frente intelectual e política. Nele conviviam liberais, comunistas, social-democratas, católicos progressistas (alguns deles, recém egressos do integralismo) etc. do ângulo das afinidades teóricas, pode-se afirmar que no Instituto se confrontavam simpatizantes do marxismo, do existencialismo, da sociologia do conhecimento, da fenomenologia, do humanismo cristão etc. No entanto, apesar de expressarem essa multiplicidade de orientações teóricas e políticas, os isebianos convergiam na convicção de que através do debate e do confronto das idéias, seria possível formular um projeto ideológico comum para o Brasil. O nacional-desenvolvimentismo foi concebido como essa ideologia-síntese capaz de levar o país - através da ação estatal (planejamento e intervenção econômica) e de ampla frente política de classes - à superação do atraso econômico-social e da alienação cultural. Uma nação desenvolvida economicamente e soberana politicamente estava, assim, no horizonte ideológico de muitos desses intelectuais.
Nome
INTELECTUAIS E POLITICA NO BRASIL: A EXPERIENCIA DO ISEB
CodBarra
9788571063273
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
Páginas
260
Peso
305,00
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