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“Imagens da Aviação Naval” é uma releitura de um livro homônimo com fotografias da cidade do Rio de Janeiro, tiradas por Jorge Kfuri cerca de 100 anos atrás. Na cidade maravilhosa da segunda década do século XXI, o registro aéreo das transformações na paisagem foi uma façanha empreendida pelo aviador naval da reserva Sergio Augusto Fanzeres da Silva neste que é seu terceiro livro.
Depois de escrever para amantes das viagens rodoviárias (“Expedição Ushuaia – construindo o próprio sonho”, de 2016, e “Rodando por aí: América do Sul com a expedições a Machu Picchu e Bariloche”, de 2020), o autor resolveu abrir novas fronteiras e compartilhar sua visão sobre sua cidade natal do ar.
Na obra original, “Imagens da Aviação Naval”, publicada em 2001, Comandante Fanzeres ainda estava na ativa, atuando na instrução de voo no curso de aperfeiçoamento de aviação para oficiais da Marinha do Brasil. Quando a conheceu, logo constatou estarem ali reunidas três de suas paixões: a história, a fotografia e a arte de voar.
Aproveitando as raras oportunidades de voo no Rio de Janeiro e uma rudimentar câmera digital, obteve imagens em ângulos semelhantes que confirmaram suas convicções de que publicar um livro com as imagens atualizadas seria muito interessante e atenderia a um público mais amplo. Os anos se passaram e, já na reserva da Marinha atuando na aviação civil, o autor foi literalmente dando asas à arte de fotografar. As imagens aéreas da cidade foram compondo seu acervo e, finalmente, serviram de ponto de partida para esta nova publicação.
Para concretizar este projeto foram realizadas aproximadamente 1800 imagens autorais em pelo menos sete voos entre 2015 e 2021. Uma das maiores dificuldades foi o enquadramento nos mesmos ângulos das fotos originais, atendendo agora às restrições atuais do tráfego aéreo no Rio de Janeiro.
A obra compara o Rio do início do século XX feitas entre 1916 e 1923 e a cidade entre 2016 e 2021. O voo começa na Ilha do Governador, onde a partir de 1924 foram construídas as instalações da Escola de Aviação Naval e o Centro de Aviação do Rio de Janeiro. Dos antigos hidroaviões hoje existem poucas lembranças, mas as instalações da Base Aera do Galeão, atualmente do Comando da Aeronáutica e do Aeroporto Internacional do Galeão, nos mostram a grande ocupação territorial da Ponta do Galeão.
Do Instituto Oswaldo Cruz totalmente isolado em 1920 e a Avenida Brasil com seus congestionamentos diários ficam os registros do quando as fronteiras da cidade se expandiram. As imagens aéreas se sucedem e trazem os registros de quanto a cidade se modernizava à época com a construção da Avenida Francisco Bicalho e do Porto do Rio de Janeiro, além da urbanização da Praça Mauá, já com a Avenida Rio Branco.
Por outro ângulo é possível ver a Igreja da Candelária ainda sem o destaque dado pela derrubada de vários quarteirões do centro, que levaram à demolição de diversas igrejas, do prédio do Palácio da Prefeitura e de parte do Campo de Santana.
A supressão do espelho d’água da baía da Guanabara fica bem nítida em dois momentos distintos. Na foto do Campo de São Cristóvão original, é perceptível a existência de vários pequenos estaleiros que, mais tarde, foram transformados em galpões quando o bairro teve importante presença na indústria, hoje em sua maioria desocupados. Na foto em que a Ilha das Cobras está em destaque é possível ver, ao fundo, bem longe do litoral, a Ilha de Villegagnon, que hoje está colada ao aeroporto Santos Dumont.
No centro da cidade, as transformações são muitas: do desmonte dos Morros do Castelo e de Santo Antônio, aos aterros na Ponta do Calabouço para a realização da Exposição Internacional de 1922 nas comemorações dos 100 anos de independência do Brasil. A Igreja de Santa Luzia, antes localizada à beira mar, hoje se encontra cercada de arranha-céus. A avenida Beira Mar não faz mais jus ao nome porque a construção do Aterro do Flamengo no início dos anos 1960 levou o mar para bem longe.
Assim como a cidade foi se expandindo em direção à zona sul, as imagens descortinam as transformações de Botafogo e da área do Morro da Viúva. Da construção da Avenida do Contorno no Morro da Viúva, a demolição de parte do morro dispôs material que foi transportado por chatas para compor o aterro da Ponta do Calabouço. Do Palácio Mourisco em Botafogo resta o nome de parte do bairro atual.
O voo chega a Copacabana e a ali a mudança é brutal. Do grande areal do começo do século passado só existem lembranças. Nem a areia da praia da Princesinha do Mar é a mesma, pois a praia foi nos anos 1960/70 alargada dentro de um projeto para evitar que as constantes ressacas trouxessem prejuízo a moradores e comerciantes.
Na obra são ressaltados também os diversos fortes construídos para a proteção da cidade e que, em sua maioria, ainda existem – embora com funções diversas de sua proposta original. É o preço do desenvolvimento de uma cidade colonial para a grande metrópole dos dias atuais. As significativas modificações foram implementadas, em boa parte dos casos, visando à melhoria das condições de habitação, é isso que esta nova leitura de “Imagens da Aviação Naval” mostra de maneira contundente nas 54 novas fotos.
Nome
IMAGENS DA AVIAÇAO NAVAL: 100 ANOS DEPOIS, SOB O OLHAR DE UM AVIADOR NAVAL
CodBarra
9788571420847
Segmento
Artes
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
18/04/2022
Páginas
124
Peso
248,00
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