Seja enquanto artista, curador e professor de cursos na Pinacoteca desde 1975 ou como flaneur nas ruas do centro de São Paulo até sua morte, em 2013, Hudinilson Jr. investigou o caráter público e mundano da arte. Mesmo quando calcada em seu corpo e em suas experiências, as obras lançavam-no às promessas e riscos trazidos pelo convívio com x outrx, a multidão, o entorno urbano. Assumiam a imprevisibilidade dos encontros, empregavam estratégias para driblar limites técnicos, disciplinares e morais.

Hudinilson Jr. se expunha, mesmo quando enfrentava resistência e precisava deixar algo subliminar. Tal qual consta em um dos trabalhos em grafitti doados (Explicit, anos 1980), “explícito” é a qualidade destacada para caracterizar o artista nessa exposição.