Desde a década de 1970, profundas mudanças vêm ocorrendo nos mercados financeiros, que resultaram no aumento do poder dos agentes financeiros, uma complexificação da divisão do trabalho no setor e uma difusão de novos sistemas de informação que tornaram as finanças praticamente onipresentes na vida cotidiana das populações urbanas em todo o mundo. As questões relacionadas aos processos de inovação e criação de novas tecnologias e suas repercussões no espaço geográfico são uma das temáticas abordadas por diversos autores tanto na Geografia como em outras áreas das ciências humanas e sociais. A abordagem da inovação é discutida por diversas correntes teóricas na Geografia e na Economia, que buscam compreender como a inovação transforma as regiões e territórios. À medida que as sociedades se desenvolvem, transformam também sua relação com as formas de apropriação e de relação com o mundo, e que está ligado, conforme Milton Santos, aponta ao surgimento de algo novo, da relação com o processo de invenção: “ Não há inovação sem invenção, da mesma forma que não técnica sem tecnologia” (SANTOS, 2007, p.47). A inovação também está ligada a um processo de transformação, onde o novo substitui o velho, e que, não é exclusivo da sociedade capitalista, mas que nela, conforme Lencioni (2015, p. 319), se liga aos processos de valorização do capital, onde uma nova ideia, um novo processo são imediatamente apropriados para gerar uma nova forma de acumulação. Vale (p.11, 2009) relaciona a inovação e território, e aponta a importância da Geografia da Inovação como um domínio de importância para o desenvolvimento econômico territorial...