Conhecido como “o pai da psicanálise”, Sigmund Freud deu impulso à “cura pela fala” e mapeou o inconsciente humano. Porém, apesar de Freud ter se comparado a Copérnico e a Darwin, é problemática sua história como médico clínico. Os historiadores têm averiguado que, freqüentemente, Freud distorcia o curso e o resultado de seus tratamentos para que os fatos casassem com suas teorias. Hoje, o legado de Freud não está claro, com os comentaristas polarizados entre defensores e ferozes detratores.

Peter D. Kramer, psiquiatra e autoridade norte-americana em saúde mental, nos oferece um retrato novo desta personalidade controversa, da qual é ao mesmo tempo crítico e admirador. Kramer reconhece que, apesar de grande parte do pensamento de Freud ter se tornado ultrapassado, a disciplina por ele inventada já é uma parte permanente de nossa cultura, tendo transformado a maneira pela qual nós nos vemos. Fazedor de mitos, contador de histórias, Freud foi um escritor cujos livros irão sobreviver entre os cânones de nossa literatura. O resultado da investigação de Kramer é nada menos do que um novo clássico da história de Freud, conduzido por um mestre moderno de seu pensamento.