Na pequena cidade italiana de Assis, um menino cresceu revelando um talento muito especial. Entendia a linguagem dos pássaros e de todos os outros bichos. Era capaz de passar horas a fio em silêncio, apenas observando o movimento das árvores e flores - como se pudesse ouvir seus segredos. E ainda tinha uns olhos cheios de ternura, que cativavam qualquer adulto que o encarasse. O garoto quieto e contemplativo, porém, virou um jovem intenso e bagunceiro, que passava as noites em tavernas, na companhia de amigos e mulheres.

A história do santo que inspira o atual Papa – e até lhe empresta o nome – é repleta de surpresas. E é ela o mote para Francisco de Assis: a canção da alegria, novo livro da Escrita Fina Edições. Suas páginas revelam não a face mais conhecida de Francisco – a de amantes dos bichos e da natureza, a de grande símbolo da fraternidade e da solidariedade –, e sim a história do menino e do jovem que viveu intensamente inúmeras experiências.

Nessa trama, os pequenos leitores vão ser apresentados ao garoto que gostava de livros de cavalaria. Vão acompanhar as aventuras do jovem que, dia a dia, se embebia numa alegria enorme, divertindo-se sem pudores. Vão descobrir como o herdeiro promissor, filho de um rico comerciante, teve a carreira interrompida pelo chamado da guerra. E ficar boquiabertos com a coragem com a qual, mergulhando numa experiência surpreendente de fé, enfrentou as acusações de que havia ficado louco.

Dessa forma, quem se enveredar pela leitura de Francisco de Assis: a canção da alegria vai se sentir ainda mais encantado pela história do santo. Porque vai se sentir próximo do homem que o antecede. E, sobretudo, vai se divertir com o texto atraente e inventivo de Hellenice Ferreira, acompanhado pelas delicadas aquarelas do artista plástico André Côrtes. Ambos usam o poder da literatura e das imagens para inspirar novos leitores na mais legítima fraternidade.

"Hellenice consegue com um texto poético e lírico recriar o espírito de São Francisco para os tempos atuais", afirma o teólogo Leonardo Boff na orelha do livro. “Precisamos deste espírito para cuidar da ‘irmã Mãe Terra’ e tratar os demais seres da criação, tão explorados, verdadeiramente, como irmãos e irmãs, com respeito pelo seu valor intrínseco e com amor para que continuem junto conosco na criação. Este livro pequeno, mas de grandes sentimentos, iniciará a muitos a viver o espírito do ‘Fratello’e ‘Poverello’ de Assis e assim se confraternizarem com todas as coisas.”