Com 12 textos escritos por pesquisadores do Brasil e do exterior, Fotografia moderna no Brasil, 1900-1950: arte, saber e poder, organizado por Helouise Costa e Heloisa Espada, investiga a relação entre a modernidade na fotografia e um país que, na primeira metade do século XX, sonhava com um futuro promissor. A interação da fotografia com as mídias de massa, como o cinema e as revistas ilustradas, seus diálogos com a literatura e outras artes, seu impacto nas ciências humanas e sua participação em projetos de poder político são alguns dos temas abordados. Levando em conta questões de gênero, raça e sexualidade, discute-se a ambiguidade dos conceitos de moderno, modernidade e modernismo, conceitos que remetem a renovação e progresso, mas que, ao mesmo tempo, provocam destruições e violências.

Heloisa Espada é professora de história da arte e curadora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Foi coordenadora de Artes do Instituto Moreira Salles entre 2008 e 2022. É autora dos livros Hércules Barsotti (2013) e Monumentalidade e sombra: o centro cívico de Brasília por Marcel Gautherot (2016). Entre as exposições que organizou, destacam-se Conflitos: fotografia e violência política no Brasil, 1889-1964 (IMS, 2016) e Moderna pelo avesso: fotografia e cidade, Brasil, 1890-1930 (IMS, 2022).

Helouise Costa é professora livre-docente e curadora do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. É coautora do livro A fotografia moderna no Brasil (2004) e coorganizadora de As origens do fotojornalismo no Brasil: um olhar sobre O Cruzeiro, 1940-1960 (2015) e Mulheres fotógrafas, mulheres fotografadas: fotografia e gênero na América Latina (2021). Foi curadora da exposição Fronteiras incertas: arte e fotografia no Acervo MAC USP (2013) e cocuradora de Regina Silveira: outros paradoxos (2021).