No Fio da Barba, é bem mais que a saga de um tropeiro. É o respeito à palavra dada.
No primeiro capítulo desta obra, Paulo Lamego, imbuído de seu protagonista Jerônimo do Couto Souza, faz um convite ao leitor a retornar ao século XIX e juntar-se à sua tropa para efetuar a grande empreitada do transporte feito no lombo de mulas.

No trajeto o leitor poderá desfrutar das aventuras de uma viagem cheia de desafios e desconfortos. Porém, recheada de galhardia e exuberância. Passeará pelo Vale do Paraíba, recortado apenas por algumas trilhas e poucas estradas, destinadas à passagem desses corajosos homens, montados em seus animais, com suas mulas abarrotadas, levando e trazendo toda sorte de mercadorias, dentre elas, o precioso café.

Durante a viagem, poderá saborear a deliciosa comida tropeira, tomar o fumegante café e até pitar um fumo de rolo. Tudo isso regado a causos diversos e divertidos, contados pelos camaradas, seus novos companheiros de tropa.

O autor retrata fielmente a realidade e as transformações histórica, social e geográfica dessa época, num cenário primorosamente descrito. A formação das vilas e cidades, a chegada do trem... Mas os ícones dessa narrativa são o espírito de lealdade e o compromisso com a verdade. Afinal, trato é trato... E a garantia é feita no Fio da Barba.