Cresce o número de mulheres que adiam a maternidade, fenômeno que pode vir acompanhado da ilusão de um controle que não equivale às vivências reais. Destacam-se a valorização e a idealização da conjugalidade, e a possibilidade de integração dos aspectos que concernem ao poder por meio dos binômios: onipotência/impotência e elementos femininos/masculinos puros. A postergação da maternidade pode ser vivenciada de maneira mais ou menos criativa, com diferentes capacidades de integração da ambivalência, a depender dos recursos psíquicos individuais e do legado geracional.

Índice:

Primeira parte: a teoria

Histórico: a conjugalidade e a maternidade, do destino à opção
A família contemporânea

As mulheres superpoderosas

Idade materna avançada e adiamento da maternidade: determinações e consequências
A mulher e a Psicanálise
Segunda parte: a pesquisa

Aspectos metodológicos
Os resultados
A experiência do adiamento da maternidade

Conjugalidade

Carreira profissional

Relação com a própria mãe e conjugalidade dos pais

A questão do poder

Conclusões