Literatura e Ficção Poesia Brasileira FAZER COLIDIR TRENS Editora : Urutau 17,30€ Autor : Gabriela Efigenia Farrabras Entrega : Enviamos globalmente. Porte : Portugal Continental Portugal Ilhas (Açores e Madera) Países EU e Extracomunitários Estados Unidos Resto do Mundo 0,67 € Previsão : O prazo estimado para entrega pode levar até 45 dias úteis, dependendo do tipo de artigo e localidade. Estamos comprometidos em acompanhar todo o processo e mantê-lo informado. Comprar Sinopse Dados Toda revolução começa no corpo. Revolução: gabriela efigênia farrabrás. Eu a saúdo,pois chega em hora exata este corpo-livro revolucionário. “e eu prometo/umdia chego”: promessa cumprida, memória de futuro. Um corpo é sempre exatoem sua hora: vasculho-o porque ela assim me confiou. E porquevíboras conhecem os túneis que levam ao de-dentro.Obreira de si, a poeta não se economiza no verso: “ontem/tentei me matar//hoje pintei asunhas/de preto//as banalidades seguem”. É a vida rompendo do, no e com opassado. Os versos finais de cada poema sustentando o edifício todo.Laborar o pharmakon-palavra. Pintar as unhas,tomar sol, lavar louça, cozinhar: que força sustenta os fazeres —batalhas diárias — de uma fêmea adoecida? Quanto dessa força destina-se adis-trair a morte?gabriela coloca nesta obra toda sua força. É Iansã essa que vejo aum lado? E do outro, cujo nome não se diz mas teve a pele queimada? Atrás, alegião: “me multiplico em duas/e com duas de mim/eu sei serminha própria amiga”. Na frente, a poesia.Ela sabe transformar morte em vida. E poesia não brotado acaso, mas de mãos calejadas. Milimétrico o labor da mulher-poema —trotskista e maiakovskiana — que precisa manter os trens nos trilhos, o pauardendo na punheta, o poema em pé sobre a página: “fique viva/é importanteque esteja viva/vital até/pois//nenhum poeta vai falar sobre a greve dospetroleiros//exceto tu”.Nunca li/vi/senti poética tão precisa sobre responsabilidade e cuidado de si:gabriela afunda a mão no caos do corpo e toca a intrusa, mas, aotorná-la matéria viva — palavra, som e sentido —, inicia o ciclo de atividadevulcânica do corpo expandido em texto. Erótica, a poeta se incendeia em e devida: “pega o poema/como pega na punheta”, “queroengolir o mundo/à boca pequena/— eu já disse —/mas vai caber tudo/o queeu quiser/basta abrir a boca”.Toda revolução começa nas bocas e corre pelas artérias do corposocial: “devorar/essas pessoas/a palavra mais linda/camaradas/asabedoria/nos queremos vivas/nos precisamos vivas/para a revolução/quevirá/para a nova vida”. É uma poeta madura essa que nasce hoje, mas quevem se gestando há tanto tempo nos subterrâneos da cidade, nas bandeiraserguidas nas passeatas: “parar os meios de produção/ocupar os meios deprodução/e Marx fica sempre mais lindo/na boca de uma mulher”.gabriela efigênia farrabrás é voz que ecoa muitas. Seu nome, Legião. Sigoouvindo-a e sopro pro futuro: que a poesia seja desde já seu mais longorelacionamento. Geruza Zelnys Nome FAZER COLIDIR TRENS CodBarra 9786559002221 Segmento Literatura e Ficção Encadernação Brochura Idioma Português Data Lançamento 01/01/2022 Páginas 112 Peso 224,00