Estátuas de nuvens é um dicionário escrito por infantes de todas as idades. Um livro que propõe um longo exercício de pensar e criar, perguntar e duvidar das definições e da definição de definição. Os verbetes descascaram as palavras, tiraram camadas que saturam e pesam. Furaram as palavras, deixaram entrar um ar fresco, fizeram silêncio, deixaram as palavras brincar e escutaram os tropeços, os suspiros, as hesitações.

Os autores escreveram Estátuas de nuvens porque precisavam respirar. Talvez, os leitores dos verbetes sintam seus pensamentos serem espetados também, e, talvez, o ar fresco entre por seus olhos e narinas e inspire outras percepções, outras formas de pensar. Estátuas de nuvens é um exercício de si, uma provocação, um desejo de incitar e convocar não uma infância dominante, reconhecida, fundada, mas, sim, infâncias por vir. Estátuas de nuvens é um jeito de esperar o inesperado.