Analisar a relação espacialidade e movimentos sociais é uma tarefa relevante pois os fenômenos ligados a ação dos movimentos como produtores do espaço geográfico adquiriram tamanha força empírica que se colocam à ciência como um desafio interpretativo. A geografia analisa e/ou compreende a ação dos movimentos sociais a parir de diferentes paradigmas interpretativos. Todavia, se considerarmos sua natureza, seus significados, suas ações e a extensão dessa atuação, precisaremos admitir que sua complexidade requer que a leitura geográfica dialogue com as efetivadas em outros campos disciplinares, abrindo ampla possibilidade de diálogo. Nesse contexto de diálogo interdisciplinar teria a Ciência Geográfica algo de diferente a dizer sobre os movimentos sociais? Que contribuições estão sendo elaboradas por este campo disciplinar para lançar luz a este fenômeno? Qual(is) o(s) enfoque(s) que particulariza(m) o olhar geográfico sobre os movimentos sociais? Talvez a grande porta de entrada esteja justamente na pista apontada no título deste livro, dirigindo a atenção para a espacialidade dos movimentos sociais. Este é o desafio que esta obra procura se ocupar, segundo diferentes perspectivas teóricas, muito comum quando consideramos a diversidades de autores que sintetizam aqui algumas de suas contribuições.