Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações. Nossa missão, numa sociedade já secularizada, é o que São João Paulo II colocou como uma das maiores prioridades para nossos tempos: a nova evangelização. Não se trata apenas de evangelizar aqueles que nunca ouviram o Evangelho, mas de re-evangelizar aqueles que se descristianizaram. Por mais que devamos tentar acomodar-nos de forma prudente e sábia à situação atual, os ditames do secularismo não são opção para qualquer um que invoque o nome de Cristo. A ideia mesma de uma esfera civil livre da preocupação com o bem final da humanidade é incoerente e impossível. Devemos ir até o mundo, e não esperar que ele venha até nossas comunidades. Se Aquele que detém toda autoridade escolheu trazer a salvação ao mundo se encarnando, naqueles tempos, na simplória e distante Galiléia, enquanto poderia ter angariado o apoio dos mais influentes senadores romanos — e, assim, ter muito mais chances de sucesso —, Ele pode fazer isso de novo conosco hoje, nos mais diminutos contextos. Queremos ser fiéis ao Senhor dos senhores. E queremos encontrar formas de oferecer a Ele partes de nossa vida que ainda tenhamos retido para nós mesmos — e isso é justo e necessário.