Apesar do esquecimento de Deus em nosso mundo- ao fim não só da Idade Moderna, mas também da história ocidental até aqui-, o presente não deve ser caracterizado como 'época do niilismo'. É somente em nosso tempo que o valor e a dignidade do homem, os direitos fundamentais deste, tornaram-se universalmente manifestos. Daí a pergunta por Deus não estar de forma alguma superada, mas pressuposta. Isso é evidente sobretudo quando se mantém, para além do contexto da cultura ocidental, uma visão total do mundo.

A situação espiritual é muito mais complexa, bem como, do ponto de vista da religião e da visão de mundo, mais diferenciada. Também hoje, há crenças religiosas que detém em todas as religiões do mundo um poder significativo, novamente desperto e, em formas extremas, até mesmo ameaçador. Tanto mais se faz necessário aprofundar e repensar filosoficamente a pergunta por Deus a partir de sua história.

E.Coreth, Prefácio.