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Esta pequena obra de Aristóteles, consagrada já na Antiguidade e ainda hoje influente nas discussões filosóficas, é apresentada aqui em grego e português. Traduzida e comentada por José Veríssimo Teixeira da Mata, esta edição incorpora aperfeiçoamentos filológicos e interpretações mais recentes, características que a tornam especialmente relevante em relação às edições brasileiras anteriores.
No texto, que integra o Órganon aristotélico – composto pelas Categorias, Analíticos anteriores e posteriores, Tópicos e Elementos sofísticos –, Aristóteles procura solução para o problema filosófico relacionado aos principais tipos de juízo que se pode fazer e as formas como tais juízos são expressos por meio da linguagem. O filósofo transpassa a discussão platônica sobre verdade e falsidade para aportar numa outra – a da relação entre as palavras escritas e os pensamentos. Por tal teor, a obra situa-se nas raízes do que viria a ser, no mundo contemporâneo, a filosofia da linguagem e a lógica, restabelecendo a discussão filosófica sobre a presença da verdade nos discursos.
O livro começou a ser difundido ainda na Idade Antiga, principalmente em Alexandria, e alcançou o Ocidente pela via latina, e não por meio dos árabes ou da herança de Bizâncio. Ao mesmo tempo, também ganhou versões em hebraico, siríaco, armênio e árabe. Na Idade Média, se tornaria objeto de debates e comentários de intelectuais cristãos, como Abelardo, Alberto, o Grande, e Tomás de Aquino. As disputas teológicas em torno da obra datam do início do século XI – São Pedro Damião (1007-1072) ampara-se nela para descrever as leis lógicas a que estão presos os mortais e concluir que tais normas não se aplicam ao todo poderoso Deus cristão. Com isso, o teólogo cravaDa Interpretação definitivamente na tradição cristã medieval. Mas a importância desse texto não se circunscreve ao mundo antigo ou medieval. Sua atualidade é reconhecida pelos filósofos contemporâneos que ainda vêem em Aristóteles um interlocutor fértil e instigante.
Trechos
“Com efeito, é evidente que as coisas existem de uma maneira tal, mesmo que alguém não as afirme ou negue. Com efeito, não é pelo afirmar ou pelo negar que serão ou não serão, nem que [se afirme ou se negue] dez mil anos antes ou em qualquer outro tempo.”
“[...] A razão é que tudo o que é assim em potência nem sempre é em ato, por conseguinte também a negação aqui subsistirá. Com efeito, é possível que não caminhe aquele que pode caminhar, e também é possível que não veja aquele que pode ver [...].”
“Com efeito, é possível que uma mesma coisa seja e não seja. E [essas proposições] não constituem contradições entre si. Porém, “é possível isso ser” e “não é possível isso ser” jamais existirão simultaneamente.”
“[...] dizer não ser bom o que é bom é juízo falso a propósito do que subsiste por si mesmo [no que é bom]. Por outro lado, o juízo que diz do que é bom ser mau é juízo falso a propósito do que subsiste por acidente [no que é bom], de modo que mais seria falso o juízo com a negação do que é bom do que o juízo com o seu contrário.”
Nome
DA INTERPRETAÇÃO
CodBarra
9788539304059
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português, Grego
Data Lançamento
01/01/2013
Páginas
192
Peso
260,00
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