Segundo Nelson Rodrigues, a crônica é um romance abreviado. O cronista geralmente precisa apenas de uma ou duas laudas para escrever uma história, um fato ou um assunto que exige do romancista dezenas ou centenas de páginas. Geralmente a crônica é um gesto ou uma narração, que fez a honra e a glória de intelectuais do nível de Sabino, Braga, Drummond, Pongetti, Satnislaw, Cony, Veríssimo, Alencar, Genolino, Rachel, João do Rio e o próprio Machado.

Leandro Mazzini, um craque no jornalismo político, insere-se agora no rol dos poucos cronistas de seu tempo, com este “Corra que a política vem aí!”, no qual desenvolve um enredo histórico a acompanhar toda a trajetória do livro. Sua técnica inova na tessitura que prende o leitor do começo ao fim, evitando revelações com nomes e sobrenomes próprios, mas que nem por isso diminui o interesse dos fatos e diálogos.