Contos da Vida Absurda já nasceu premiado, de certa maneira. Isso porque todos os contos aqui reunidos receberam distinções nacionais em concursos, passaram por leituras críticas e aprovações de juris literários.

A ficção deste escritor (autor também de obras de poesia, humor, sobre a música brasileira ou destinadas ao público infantojuvenil) tem merecido comentários elogiosos de muitos escritores. Sobre ele já escreveram Antônio Brasileiro (“Luís Pimentel não explica. Relata. Denso de vida, leve — quase lépido — de estilo, é um dos bons escritores de nossos dias.”); André Seffrin (“Trata-se de um autor que conduz com muita naturalidade suas narrativas, nas quais a técnica parece estar à mercê de uma intuição extraordinária.”); Miguel Sanches Neto (“Os homens que frequentam os contos de Luís Pimentel trazem a marca do humano.”); Paulo Bettancourt (“Pimentel que guarde lugar na estante para outro prêmio. Seu leitor já o está ganhando nesse instante.”), entre outros. É obra construída de muitos volumes, inúmeras histórias.

Suas tramas, seus enredos e seus personagens pertencem ao universo tenso e denso das humanidades, onde figuras miúdas, cotidianas, crescem no embalo de suas imagens, na música inconfundível dos seus textos. Como nas ficções que se desenvolvem nestas páginas, em que as relações conflituosas, o amor, o desamor, as esperanças e o desespero dão o tom. Um tom quase sempre contido, intenso, mergulhado em atmosferas às vezes opressivas, mas sempre dominado por um lirismo comovente.