“É preciso ter raízes, ter passado, ter sensibilidade para contar as histórias, os ''causos'' dessa gente forte e brava, desses serranos de boa cepa, e ainda nos fazer entrar num galpão imaginado ou cavalgar imaginariamente um tordilho sem sela... O Homero faz isso como poucos.” Luiz Carlos Prates

Com este já são seis os livros publicados por Homero da Costa Araújo. Como se vê, Tio Mero tem publicado à reviria*, como um verdadeiro turuna* das letras e sua obra está a merecer um pouco mais de atenção. É um escritor macanudo*, inquieto, sincero e, acima de tudo, um forjador da cultura serrana. Uma inteligência que, sem apelar para a erudição e a arrogância, vem expressando as crenças e os sentimentos da alma serrana. Mas o valor de sua literatura está em sua capacidade de mesclar o urbano e o rural. A migração do campo para as cidades, bem como o crescimento destas, e o avanço tecnológico romperam as cercas que apartavam o homem do campo. Tio Mero faz parte da confraria dos escritores, poetas, pesquisadores, cantadores, declamadores, artesãos, e tantos outros, que cultivam com orgulho e patriotismo os valores do nativo do Planalto Catarinense. É um bagual* e um guardião da literatura e das artes, dos usos e dos costumes, do povo serrano. *Ver Glossário no final do livro