Se passarmos a olhar esse universo não mais como uma plataforma sobre a qual projetamos nossas classificações e interesses práticos ou teóricos; não mais como objeto de pesquisa ou de exploração científica ou tecnológica; se abrirmos a categoria “natureza” e aí percebermos um universo composto por uma extensa diversidade de seres ativos, agentes não humanos dotados de perspectivas e interesses distintos dos nossos; talvez possamos pensar e elaborar políticas mais efetivas no que diz respeito a nossas relações com o meio ambiente e com os diversos agentes não humanos. Concepções de natureza em Humboldt, Darwin e Lévi-Strauss interroga se não seria o momento de falarmos não exclusivamente nos “direitos humanos”, mas nos “direitos da vida”.