Este livro é carregado do que afeta o ser contemporâneo e tenta externar poeticamente as contradições de um corpo que atravessa e é atravessado por nossas complexidades, sempre extremamente permeado da ancestralidade, não só inevitável, como evocada. São poemas que contém dureza e indignação, e também distribuição e crença na potência que guarda um Brasil que se observa e quer se gostar, mas que se questiona. É um livro mobilizado pelas liberdades e equilíbrios de forças, feminista e anti-racista, ou tenta sê-lo. Uma peleja pelo amor primordial e o respeitocom extremo apreço pela palavra livre, a invenção de novos olhares do mundo velho por elas, e crença no corpo-poema.