Nos textos deste livro, Che Guevara destaca que a Revolução Cubana contou com fatores excepcionais que lhe deram peculiaridades, mas que não deviam permitir que fossem apagados aspectos comuns dos povos da América que, segundo ele, expressariam a necessidade interior da Revolução.

Por tal razão, Che via com otimismo a perspectiva do surgimento de movimentos revolucionários que dessem às massas a consciência da necessidade e a certeza da possibilidade de mudanças radicais. E argumentava que, uma vez iniciada a luta anti-imperialista, era indispensável ser consequente e trabalhar muito pela causa. Che acreditava que concretizar os esforços e os anseios era um constante desafio, bem como que seria necessário trabalhar todos os dias no sentido do aperfeiçoamento interno para ampliar os conhecimentos e a compreensão do mundo que nos cerca. Isso significa inquirir, averiguar e tentar entender a razão de tudo, relacionando os grandes problemas da humanidade com os próprios.

Admite ele que muitos desejos se evanescem diante da realidade diária e que era preciso manter a chama para recomeçar. Entretanto, não se nega a admitir momentos de fraqueza e conta como o contato com "os ideais e a pureza do povo" era uma forma importante de infundir em todos o fervor revolucionário.