Desde que o Evangelho despontou, os cristãos assumiram um curioso posto: cidadãos do céu, mas herdeiros do mundo; amam o mundo, mas são perseguidos por ele. Foram as pessoas de fé que transformaram a civilização greco-romana e a fizeram prosperar — a tal ponto que um autor do século ii chegou a dizer que os cristãos são para o mundo o que a alma é para o corpo.

E este é o caminho dos crentes em todas as épocas, pois o mesmo poder que converteu o mundo na antiguidade continua a converter o mundo de hoje; embora a ação da Providência não possa ser medida, ela é mais confiável do que qualquer medida que tenhamos. A mensagem deste livro é, ao mesmo tempo, realista e esperançosa: os cristãos vivem hoje no exílio, mas eles sempre viveram como estrangeiros numa terra estranha e ainda assim prevaleceram.