Composto de textos curtos, ágeis, o livro é a estreia literária de Roberto Bahiense, um autor que, segundo Antônio Torres, surpreende pelo domínio da arte da síntese, como se ambicionasse chegar à perfeição de contar uma história em uma única palavra.

Já Japiassu registra, no prefácio de "Caim...", que nos textos do autor há, nitidamente, um primeiro plano onde se desenrolam os fatos que compõem uma história, muitas vezes apenas um momento que corresponde à fotografia de um instante da vida. Numa segunda camada, situam-se significantes e as emoções que constituem o cerne, o coração da criação literária, onde o real, o poético e o onírico se unem para um resultado muitas vezes surpreendente.