Bruno, um jovem skatista de13 anos, ao defender um rapaz franzino sendo surrado por skinheads, acaba se envolvendo com forças malignas Jacobb Gonik constrói um Bruno sensível e inteligente. A história é narrada de forma dinâmica, as ações repletas de reviravoltas e emoção. A estrutura do texto se assemelha à linguagem de videogame: ágil e envolvente, e os capítulos são curtos e terminam sempre pontuados de suspense.

Com a ajuda de sua melhor amiga, Mariana, que se mostra uma brilhante estrategista, da avó Alice – uma bruxa do bem – e de Néfi, divindade do Egito, Bruno descobre que é o escolhido do deus egípcio Hórus para livrar os seres humanos da perversidade do deus Seth.

Para desespero de Bruno, os brutamontes brigões não vão lhe dar descanso. Transitando entre esse mundo e um outro paralelo - uma segunda dimensão - o jovem e Mariana vivem uma aventura de tirar o fôlego: a caça à estátua de uma serpente, símbolo da energia cruel de Seth e que precisa ser destruída. Quem entre tantos jovens é o único capaz de tal façanha? Bruno, claro! Por isso, ele aprende a dominar o medo – essa sim a maior aventura de sua vida e que lhe permite o ingresso na maturidade, como um rito de passagem – a fim de realizar a missão.

A agilidade da trama – associada a seus elementos mágicos, ao suspense e ao ritmo frenético de videogame, dos extremos efêmero-eterno e contemporaneidade-antiguidade – faz de Bruno e a maldição da serpente uma história de aventura deliciosa. Leitura começada, o jovem leitor só conseguirá pará-la quando não houver mais para onde ir. Ou seja, na última página. E com certeza vai querer mais. Adrenalina pura.