Utilizamos cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossa política de privacidade. Política de Privacidade..
A história política sofreu um tsunami e, nas últimas três décadas, sua paisagem não cessou de se modificar. Após esse abalo foi o pensamento crítico que teve a maior dificuldade em produzir argumentos fortes. O neoliberalismo e a mercantilização da política levaram de roldão as utopias e jogaram os agentes políticos da resistência em direção a um conformismo que, não raro, os colocaram em um alinhamento político conservador.
Portanto, nada mais importante do que um livro como este. Antonio Negri tem tentado reinventar a política, sobretudo a prática das esquerdas, introduzindo e repaginando uma série de conceitos. Não por acaso, este livro, editado por Adrián Cangi e Ariel Pennisi, vem de uma obra compilada na Argentina: a escuta que Negri encontra na América Latina é particularmente grande. Temos muito a dialogar com sua obra.
A crise (endêmica) econômica, misturada à crise da representação política, tem provocado uma nova onda de ocupações do espaço público na América Latina e pelo mundo afora. O Estado, como agente do capital financeiro, tem tido dificuldades em enfrentar essas novas ondas que emanam do que Negri, com Spinoza, chama de manifestações da “multidão”. Essa categoria política não tem nada a ver com a de “massas”, que esteve, no século XX, no centro dos fascismos.
Para Negri, na era do biopoder, encarnado no que ele denomina de biocapitalismo, deve-se inventar a biopolítica. As lutas operárias obrigaram o capital a se deslocar cada vez mais para a administração da vida, da saúde, da educação, da velhice, consolidando o Estado/assistente (também em vias de dissolução...).
Mas existe uma reserva de resistência que se manifesta na construção da multidão, não como sujeito político tradicional, mas como fonte de articulação de desejos represados, de demandas de minorias e de diversos grupos díspares, mas unidos na ocupação e construção de um espaço de resistência, do comum, como instância de ruptura e de emancipação. Trata-se de um movimento de apoderação, de uma “multidão dos potentes”, que tem no imperium democraticum não um ideal abstrato, mas uma força que destrói o conformismo, o ânimo triste, melancólico, e leva a uma atividade crítica transformadora, imaginativa e em constante devir. Negri descarta a ideia de construção de uma sociedade pós-histórica, final: ele sabe que a força da multidão vive de suas divisões e conflitos. Com Spinoza, ele afirma a democracia como um espaço de embates, de tensões e não de uma artificial e violenta imposição da ordem.
Nome
BIOCAPITALISMO
CodBarra
9788573214741
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
Páginas
144
Peso
180,00
Configurações de Cookies
Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência. Você pode escolher quais cookies deseja ativar.
Esses cookies são essenciais para o funcionamento do site e não podem ser desativados.
Esses cookies ajudam a melhorar o desempenho do site.
Esses cookies permitem que o site memorize suas preferências.
Esses cookies são usados para personalizar anúncios.