Utilizamos cookies para melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossa política de privacidade. Política de Privacidade..
"Os bailarinos são cegos. Um vez alguém me disse. Ou eu mesmo vi. Não lembro. Cegos. Pode notar. Todos sustentados pelo olhar. A um passo do abismo. Guiados pela sombra. Sempre na ponta dos pés. Gosto disso. Desses perigos. Voos no vazio. Cheios de ritmo. Ou até: desritmados. Indo para todos os lados. Onde der. Pois é: foi assim que eu li o livro do Donny Correia. Este seu Balletmanco. Beleza! Este rodopio com a palavra. Gingada. Inventurada. Uma poesia que não se contém. Amém. Concreta. Nada concreta. Abstrata. Vento que bate na pétala. Despetalada. Espeta, espanta os cabelos da amada. “Temporal no bosque”. Ou: “aguácida”. Um Deus que “mija em nossas cabeças”. Diz e não diz o autor. Ele que muito me impressionou no dia em que li um conto seu na antologia “Doze”. Conto? Discorda o poeta. Porque tudo o ele quer é: “Disconcordar”. Sacodir o verbo. Espalhar as letras. Como que rejeita qualquer delicadexa. “Farto de mim mesmo.” Xô! “Assim se/ foram”. Os cupins. Os amores. “Me achei já de saída”. Que maravilha de verso! Ou o que seria? Não importa. Entre você, leitor, no corpo deste livro. Sem medo. E sem esperança. Cego de tudo. Na desonra desta contradança."
Marcelino Freire
Nome
BALLETMANCO
CodBarra
9788563141002
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
Páginas
88
Peso
170,00
Calcular Porte
Configurações de Cookies
Este site utiliza cookies para melhorar a sua experiência. Você pode escolher quais cookies deseja ativar.
Esses cookies são essenciais para o funcionamento do site e não podem ser desativados.
Esses cookies ajudam a melhorar o desempenho do site.
Esses cookies permitem que o site memorize suas preferências.
Esses cookies são usados para personalizar anúncios.