De repente o mundo deixou de ser invis?l na cegueira. O memorizado e o imaginado levaram-no a enxergar o indiz?l. Levantou-se do abatimento um poeta vigoroso, sens?l ?reminisc?ias e ?sensa?s. Ora se recorda dos rios de sua inf?ia na Amaz?, ora imagina os olhos da mulher, o riso da filha, as esquinas de Petr?is; ora se lembra dos rostos dos amigos, como os via antigamente, ora tece fei?s para cada um deles, como bem deseja; ora lhe vem ?ente o mundo de outros tempos, como ?as definitivamente passadas, ora lhe surge um inusitado arco-?s, como o c?que todos almejamos. Tudo nele ?ida. Este livro foi escrito por um homem que quis revelar, talvez mais que tudo, sua humanidade, essa mescla de fraqueza e vitalidade, essa mistura de credulidade e desesperan?esse qu?e riso e l?ima, esse algo de medo e coragem, essa cis?de viver e morrer. A maior grandeza de "3 Margens do Olhar" ?ostrar como a vida vale a pena. Olhos ?os, olhos claros, olhos cintilantes, olhos videntes, olhos milagrosos, tantos s?os olhos que suplantam os olhos cegos. Louvados, pois, sejam os olhos po?cos e transformadores de Fernando Magno.