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Como pensar hoje na escrita da história? Como enfrentar a página em branco que não se apresenta como um espaço neutro, mas um espaço onde quem escreve — o historiador — deixa rastros do passado e também os seus próprios rastros? Essas são algumas das questões colocadas pelos ensaios que compõem Arte e pensamento: operações historiográficas. Num primeiro momento, são fornecidos o ritmo, o tom e os compassos por meio de discussões e reflexões sobre uma teoria da experiência para a escrita da história, sobre a historicidade do artístico, sobre o inespecífico do contemporâneo, sobre o pensamento na fronteira, sobre a nomeação dos anônimos em Machado de Assis. A partir dessas harmonizações dissonantes e consoantes, iniciam-se 3 operações que delineiam o segundo momento do livro, cuja intenção maior é fazer operar a escrita da história na imbricada conjunção história-arte-pensamento.
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Essa coletânea é mais uma das realizações do Laboratório de História e Arte — LABHARTE — da Universidade Federal de Santa Catarina, que abriga os projetos de docentes e estudantes da linha de pesquisa História da Historiografia, Arte, Memória e Patrimônio, do Programa de Pós-Graduação em História – PPGH —, com área de concentração em História Cultural.
Há alguns anos temos trabalhado para imprimir uma modalidade historiográfica que trate de acontecimentos artísticos, mostrando o entrecruzar constante entre política e arte, entre economia e arte, entre urbanismo e arte, entre cultura e arte, técnica e arte, movimentos intelectuais e arte, e também uma escrita da história como experiência estética. Artistas são homens e mulheres de imaginação, abrem a marcha, proclamam o futuro, desenvolvem a parte poética de novos sistemas. A obra de arte mostra-nos como humanos, torna-nos humanos, revela nossa humanidade. “A atividade artística desse modo diferencia-se e entrelaça-se com outras atividades em que o humano é natureza (trabalho, reprodução, alimentação, ciência), em que o humano é transcendência e dependência (religião, mística), em que o humano é pessoa ou comunidade (ética, educação, política, amor)” (Celso Braida).
Estamos falando de historiografia e teoria da história e, no campo da historiografia, queremos incluir ações produzidas por artistas ou o que se convencionou como arte, artifício ou produção de imagem; ato que instituiu o humano quando os primeiros hominídeos produziram desenhos, traços e linhas nas paredes de cavernas.
Se na década de 1970, quando a escola dos Annales sugeriu novos temas, problemas, fontes e abordagens para uma Nova História e Damisch lembrou que, para que a arte entrasse nessa poalha, era preciso uma revolução nos dois termos — na arte e na história —, hoje já passamos por essa revolução. A atividade artística tem sido vista, na sua indefinibilidade de estilos (Danto), como um ser-acontecimental, que reitera o humano e deixa rastros dessa humanidade; a história, por sua vez, deseja uma escrita que produza uma espécie de encontro com o passado (Benjamin) mediante uma experiência estética, uma sensação de proximidade com as coisas de outros tempos e outros espaços.
Nome
ARTE E PENSAMENTO: OPERAÇOES HISTORIOGRAFICAS
CodBarra
9788567569284
Segmento
Humanidades
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
Páginas
406
Peso
635,00
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