Este novo romance de Ricardo Daunt é uma narrativa fascinante e envolvente. Suas principais personagens, Isabel, Antonio e Vidal vivem aventuras cotidianas completamente inesperadas, quando não bizarras. O tempo é marcado pelas atividades das personagens, que evoluem e se transformam, através de vivências e experiências constantemente reinventadas.
As linguagens, as estruturas e as formas narrativas expressam essa reinvenção constante, em discursos inventivos repassados de ironia e humor, operando um permanente questionamento do modo de produzir sentido, propondo sempre uma estreita colaboração do leitor, que deve decifrar um fio narrativo entre o absurdo e o lógico.
O romance está dividido em quatro partes: "Os nomes e os modos", "A levedura dos corpos", "A pelotinha de Isabel" e "O equinócio e a germinação das plantas. Há enigmas e estranhamentos, há a convivência entre o lúdico infantil e o inesperado de atividades adultas, aparentemente desnorteantes. Há diferentes símbolos e mitos em construção e em desmontagem.
Ricardo Daunt é autor de grande experiência literária, como criador, pesquisador e crítico.Com Anacrusa Ricardo Daunt consolida-se definitivamente como um dos principais romancistas da Literatura Brasileira contemporânea.