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Amálgama é o segundo livro de Carlos Frederico Manes. O primeiro livro, cujo título é Poemas, foi publicado em 2006. Neste novo volume de poesia, reencontramos as mesmas qualidades do primeiro, acrescidas de outras. A metáfora contida no título nos conduz a uma mistura de elementos diferentes ou heterogêneos, formando um todo. Essa metáfora é confirmada pelas vozes que falam nos poemas de Amálgama. Não é difícil colher exemplos dessa mistura. Aleatoriamente, podemos evocar o diálogo com outros poetas, já anunciado na epígrafe que cita um verso do poema “The Garden”, de Ezra Pound.
Há também o retorno insistente de elementos ligados à mitologia pessoal do eu lírico e materializados através de símbolos arquetípicos (veja-se o poema Arquétipos) como o motivo poético do mar, presente nos poemas “Cetáceo” e “Proteu”. Igualmente importante é a presença dos “paraísos artificiais” (leiam-se os poemas “Confidência” e “Ameno”) criados pelo poeta para nos lembrar que o mundo pode ser conduzido por um compasso diferente do que está regendo a música triste de nossas vidas hoje. Outro elemento dessa mistura é o tema das musas e dos amores (vejam-se os poemas “Fel”, “Bissetriz” e “Academia”), que marca diversos poemas do livro, trazendo à baila a questão afetiva com muito humor.
Por trás da diversidade, existe o desenho coerente de um todo. O elemento que dá a liga a esse todo é a atitude do eu lírico. O sujeito poético que nos fala ostenta aquilo que Brecht chamou de gestus, isto é, uma atitude que revela os defeitos e as virtudes de determinadas relações humanas. O poema “Elixir” é um bom exemplo disso que estamos chamando de gestus. Ele funciona como uma espécie de manifesto dentro do livro, pois o estilo de vida do eu lírico traduz uma atitude recorrente nesta nova obra de Carlos Frederico Manes: a resistência contra o embrutecimento. O título desse poema é ambivalente, porque o elixir tem substâncias medicamentosas, é saboroso e balsâmico, pode ter propriedades mágicas, mas pode ser também uma cachaça que anestesia.
O poema dá voz a um solitário que não se comove com nada e tem um coração seco, mas é salvo pelo humor e pela poesia. Salvemo-nos, também, pois ler poesia é um ato de resistência, hoje e sempre.
Nome
AMALGAMA
CodBarra
9788578231026
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
07/11/2012
Páginas
76
Peso
99,00
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