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Mariana Ianelli – em seu frescor de sombras e quedas de água, ligeiras desesperações, vozes líquidas, quase serenas, na solfa dos pássaros, no canto de Salomão e sobretudo na ferida noturna e grave de João da Cruz – atinge uma altitude inconteste. Poesia de uma riqueza de uma densidade, de uma sutilíssima percepção das coisas que nos cercam.
Almádena é uma espécie de consciência vigilante, torre alta e bem plantada, frente ao lirismo em que mergulha e do qual emerge com rigoroso espanto. A torre do Padre Vieira, do Sermão do espelho e do Demônio Mudo. O severo. O contido. E as mirabilia. Mariana mede a palmos certos as formas de língua, o ritmo e a força das imagens nos mares do texto.
Nessa torre de vertigem e liberdade, vejo o início de uma etapa, em que Mariana terá de se haver com os limites do silêncio, assim como Vieira, quando converte Deus para Deus – no Sermão do Bom – Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda. Mariana não quer pouco. E sente o risco desse jogo de rara beleza.
Mas é outra a máquina de guerra, tal como Holanda e Portugal são outros, e agasalham nomes e destinos vários.
Almádena é o marco de suas novas terras. Descobertas não faz muito. E que urge conquistar com serena alegria e vivacíssimo risco. Frescor de sombras e quedas de água. Ligeiras desesperações. Vozes líquidas .
Marco Lucchesi
Nome
ALMADENA
CodBarra
9788573212600
Segmento
Literatura e Ficção
Encadernação
Brochura
Idioma
Português
Data Lançamento
Páginas
104
Peso
205,00
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