O poeta é um Alfaiate capaz de modelar palavras, sentimentos e emoções alheias em torno do poema que perpétua um instante de magia e descobertas. O Livro Alfaiate das Histórias Alheias tem a pretensão de resgatar a essência da Poesia que virou Arte, da Arte que vem do cotidiano popular e virou poema. Sempre haverá um verso esquecido no canto do olhar que se afasta do óbvio das manchetes para aterrissar no cotidiano das ruas e vielas, onde mora a poesia sem a maquiagem dos interesses dominantes. No poema cabe o infinito, e o infinito está contido na imaginação. E para acolher toda a sua grandeza, não existe tecnologia mais apropriada do que o Livro. Esse livro livra-se do baú para ser um livro de prateleira. Mas acredita prestar contas com a natureza humana do espanto, como sempre pregou Ferreira Gullar, disse ele: “...a Poesia é resultado do espanto...” daquela necessidade de ser humano sem limites.