Em consonância com o paradigma da complexidade que deve ser adotado nos estudos e na clínica de dependência de drogas na adolescência, a obra reúne um universo de especialistas – pediatras, psicólogos, psiquiatras, geógrafos, economistas, pedagogos, antropólogos, sociólogos e médicos de diferentes especialidades – , oferecendo uma abordagem integrativa que preserva a singularidade das situações, o sofrimento psíquico e a subjetividade dos sujeitos envolvidos, sem deixar de considerar a globalidade do fenômeno. O livro é dividido em módulos que agregam posturas relacionadas à adolescência e às principais condições
de risco a ela associadas. De acordo com a professora Maria Fátima O. Sudbrack, coordenadora do Prodequi (Programa de Estudos e Atenção às Dependências Químicas, da unb): “A busca de um sentido para o ato de se drogar nos conduz ao processo de ressignificação em sua condição de sintoma – denúncia das transformações necessárias no contexto relacional do jovem usuário”. Assim, a obra nos convida a compreender o assunto sem reduzir o adolescente à condição de doente ou delinquente, mas procurando “reconhecê-lo na legitimidade de suas demandas e acreditar em suas possibilidades de transformação”.