Desde Receitas para amar no século vinte e um (2010), Marcio Vidal vem, à trilha dos grandes que observam o mundo, se mostrando um grande leitor desses grandes vates, que, leves e sutilmente comparecem, aos seus poemas: Drummond, Bandeira, Neruda, Sergio Vaz, Mano Brown, como ele, “operários da poesia”. Mas mesmo que não se trate de um livro unicamente de poemas, posto que nele há de pequenos aforismos até crônicas e contos, acho, sim, que, não importando a forma, há um enorme exercício, como o próprio Legionário, aqui poeta, afirma, para libertar a palavra do seu aprisionamento.