A ineficácia do sistema carcerário brasileiro tornou inviável o cumprimento de um dos objetivos da pena: a recuperação do apenado. O Estado, além de mostrar-se incapaz na gestão do sistema penal, perdeu o controle das unidades prisionais, que passaram a ser dominadas por facções criminosas, transformando as penitenciárias brasileiras em verdadeiras escolas do crime e contribuindo para aumento da criminalidade organizada, sobretudo o tráfico nacional e internacional de drogas. A constatação da incapacidade do Estado brasileiro em gerir o seu sistema carcerário, aliado aos exemplos de privatização de presídios americanos e europeus na década de 1980, bem como a onda de privatizações ocorridas no Brasil na década de 1990, favoreceu o surgimento das primeiras penitenciárias brasileiras com gestão privada. Esta obra pretende apresentar alternativas de recuperação e implementação de uma gestão mais eficaz no sistema prisional brasileiro, considerando as experiências nacionais e internacionais, bem como a viabilidade jurídica em nosso ordenamento pátrio.